São Luís Branch
 
Powered by

visitantes desde 26/06/2016

ENGLISH VERSION

LINKS
OUTROS TEXTOS

Initial date: 27/10/1999
Last Update:
14 junho 2022

ACESSO EM

Web Author: robsoncoral@gmail.com

©2022 by WSKO

 

ATENDIMENTO O que é Shorinji Kempo A Filosofia Kongo Zen A Filial São Luís O Shorinji Kempo no Brasil O Shorinji Kempo no Mundo
A Arte Marcial Notícias e Eventos ANIBRAMA LINKS LINKS HISTÓRIA DO JAPÃO

 


1 - O QUE É SHORINJI KEMPO

TOPO

 


Mural Norte do Templo Shorin, na China.


Mural Sul do Templo Shorin, na China.

 


Informações Gerais

 
 Copyright © WSKO FILOSOFIA DO KONGO-ZEN Copyright © WSKO

Informação Geral

_ Shorinji Kempo é uma arte marcial desenvolvida simultaneamente com a meditação Zen, tanto para a defesa pessoal, como para a saúde dos monges, no templo Shorin, na província de Hunan, China.

_ Ele foi, primeiramente, introduzido nesse templo por Bodhidharma, um monge indiano do século VI, que viajou para a China para divulgar a religião budista.

Um regime marcial profundamente meditativo, Shorinji Kempo por muitas épocas foi ensinado somente para aqueles que tinham ingressado no sacerdócio budista.

Embora profundamente ligado à teoria da calma em ação: Meditação Zen a calma e Kempo a ação, o pensamento Shorinji sustenta que nenhum destes aspectos do Todo pode existir separadamente. Outras Artes Marciais, contudo, tendem a salientar demais um ou outro destes aspectos: no Judo, a parte suave do Kempo está mais distinta, ao passo que o Karate dá ênfase ao poder e à potência. Somente no Shorinji Kempo é dado igual importância para ambos os elementos. Portanto, um aluno tendo embarcado para um estudo sério do Shorinji Kempo, começará a sentir sua profunda espiritualidade, então começará a perceber sua filosofia de ação, e ultimamente penetrará no caminho do treinamento espiritual. Além disso, visto que todo o treinamento Shorinji exige o esforço e a cooperação de duas pessoas, a prática de suas técnicas estimula o respeito, o entendimento e o desenvolvimento mútuo.

A verdadeira forma do Shorinji Kempo é a combinação do poderoso espírito da benovolência, que pode, através do esforço humano e da manifestação do mistério das forças de "Yin" e "Yang", que são o significado do céu e da terra e da realidade do Cosmos, criar um céu na terra e a paralela busca da meditação calma e treinamento físico ativo.

O último objetivo da busca do kempo é o espírito de Dharma, o verdadeiro objetivo da crença Shorinji Kempo. Estes sistemas originais de treinamento, que eram ensinados no templo Shorin(ji) (Shaolin), na China, foram readaptados com o amor humanitário de Doshin So, o fundador do Shorinji Kempo em nome do Kongo Zen.

No momento, as mais de 2.500 localidades de treinamento do Shorinji Kempo no Japão, já tem um número de mais de um milhão de sócios. E ainda está sendo ensinado em mais de 250 sucursais estrangeiras por todo o mundo. No Brasil as filiais estão localizadas no Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná e Maranhão (São Luís). Vide: item 7

 

Kaiso Doshin So
(10/02/1911 ~ 12/05/80)
Fundador do Shorinji Kempo
Copyright © WSKO

Sede Mundial da WSKO,
em Tadotsu, Kagawa (Shikoku), Japão.
Em primeiro plano os "Niomom", guardando a entrada principal do templo.
Copyright © WSKO

Shike Yuki So
atual
Presidente da WSKO
Copyright © WSKO

São Luís Branch Home Page
Branch Master: Kiyoshi Yamada
initial date: 1999
Author: WSKO's São Luís Branch (robsoncoral@gmail.com)
All texts and pictures are particular property or responsibility of WSKO São Luís Branch
©1999-2022 by WSKO SÃO LUÍS BRANCH – all rights reserved
http://karateshorinji.com.br/shorinjikempo/

 


1 – ATENDIMENTO

TOPO

 

ONDE ESTAMOS

 

SHORINJI KEMPO

filosofia KONGO ZEN


A Matriz

Conheça o
Karate Shorinji


 São Luís – Maranhão
Dojo da Filial São Luís
Rua Armando Vieira da Silva, 06, Apeadouro, São Luís MA.
CEP: 65.040-460
Cel: (+55 98) 98821-3988 / 98460-3027

 

SHUSHU KOJU

A defesa pessoal é a primeira opção,
o ataque a última.

Embora o Kempo esteja tão bem equipado com técnicas de ataque quanto de defesa, elas são todas baseadas no princípio da defesa: ataques são sempre precedidos de bloqueios. Inerente à estrutura do Kempo está o conceito de que em nenhum momento as técnicas de Shorinji Kempo podem ser utilizadas para iniciar ataques. Mas esta postura defensiva do Kempo de nenhuma maneira diminui sua eficiência. Esperando pelo oponente iniciar o ataque, o praticante pode preparar-se física e mentalmente, observar-lhe a postura, detectar suas fraquezas e julgar qual técnica deve ser usada. A eficiência máxima é alcançada, quando a pessoa adere ao princípio básico da defesa primeiro e ataque depois.
O aspecto técnico do Kempo, incorpora a inseparabilidade da força, justiça e amor, e seu objetivo não consiste na vitória ou exibição da força e poder da pessoa que o pratica, mas na defesa da Vida, da Justiça e da Lei na harmoniosa interação dos homens.


(junho/2016)

Horários das sessões de estudos da Filial São Luís

ANO 2022

2ª feira: (temporariamente suspensa)
4ª feira: das 19:00 às 21:00 horas (temporariamente suspensa)
Sábado: das 17:00 às 20:00 horas


Instrutor Mestre: Profº Yamada
kiyoshi-yamada@hotmail.com


Instrutor Assistente: Profº Robson
robsoncoral@hotmail.com


 

 2 - FILIAL SÃO LUÍS

APRESENTAÇÃO

TOPO

WSKO

WORLD SHORINJI KEMPO ORGANIZATION
(WSKO)

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SHORINJI KEMPO
FUNDADA EM 1947
TADOTSU – KAGAWA (SHIKOKU) – JAPÃO

Branch: SÃO LUÍS (MARANHÃO – BRASIL)

Branch Master: Kiyoshi YAMADA

O Shorinji Kempo foi trazido para o Brasil pelo professor Matsuo Ushida (foto), que começou a difundi-lo no Rio Grande do Sul em 1970. O professor Ushida, faixa preta de Kempo, foi aluno direto de KAISO (Fundador) DOSHIN SO (médico japonês que após a Segunda Guerra Mundial levou para o Japão o conhecimento adquirido na China durante quase 30 anos, e que em 1947 fundou e registrou a Doutrina Kongo Zen para dar suporte a arte marcial que aprendera, e tornou-se o dirigente e mestre supremo do Shorinji Kempo, conforme o concebera). O professor Ushida estudou na matriz da ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SHORINJI KEMPO, na cidade de Tadotsu, Província de Kagawa (Ilha de Shikoku), Japão. O professor Ushida, voltou ao Japão onde aprimorou e atualizou a sua já apurada técnica. Nessa oportunidade foi-lhe concedida, com exclusividade no Brasil, autorização para instalar oficialmente a primeira filial de Shorinji Kempo no país, no que sua academia se tornou, em 1975. Assim é que após esse início em Porto Alegre, o Shorinji Kempo, foi também implantado na cidade de São Paulo, pelo Prof. Kazunori Inui. Em 1972, Japão, EUA, Brasil, Indonésia, Malásia, Suécia, Filipinas e Irã, fundaram em janeiro a Federação Internacional de Shorinji Kempo (International Shorinji Kempo Federation – ISKF) precursora da Organização Mundial de Shorinji Kempo (World Shorinji Kempo Organization – WSKO). Em 1974, veio para o Brasil o Prof. Kiyoshi Yamada, que tendo aportado em São Paulo, ali lecionou por alguns meses, tendo depois viajado para o interior do país. O Sensei Yamada  (Engenheiro Agrônomo) treinou na Universidade sob a liderança do Sensei Arai, tendo assistido aulas na Matriz, diretamente de Kaiso Doshin So. Em 1984, o Prof. Yamada chegou a São Luís do Maranhão. Conhecendo, aqui, o Professor de Karate Shorinji, Robson Correia de Almeida. Este pediu-lhe que o instruísse na arte do Shorinji Kempo, o que foi feito por longos anos, de forma simples e despretensiosa. O Sr. Robson viajou ao Rio Grande do Sul, em outubro de 1991, para treinar na Filial Porto Alegre, com o sensei Ushida, onde ficou doze dias. Em 1994, o Sr. Robson finalmente convenceu o Prof. Yamada a pedir permissão à matriz, no Japão, para aqui abrir uma filial em São Luís. Isto, finalmente, aconteceu em outubro com a oficialização acontecendo em 04 de novembro de 1994. Em 11/11/1996 foi oficializada a graduação de "shodan" para o Sr. Robson, primeiro faixa preta de Shorinji Kempo do Maranhão e de toda a região fora do Sul-Sudeste do Brasil.


(Dados: JUN/2022, Secretaria da FILIAL SÃO LUÍS)

 

1994
Shorinji Kempo em São Luís, Maranhão,  Brasil


MESTRE KIYOSHI YAMADA

Em 04 de novembro de 1994 o Mestre Kiyoshi Yamada abriu a primeira filial da WSKO em São Luís do Maranhão, iniciando o SHORINJI KEMPO fora do eixo São Paulo-Rio Grande do Sul.  

1947
Fundação do Shorinji Kempo


GRÃO-MESTRE DOSHIN SO
KAISO DO SHORINJI KEMPO (IN MEMORIAN)

Em 25 de outubro de 1947 o Mestre Doshin So instalou seu primeiro dojo (academia) em Tadotsu, Kagawa, (Shikoku), Japão, fundando o Shorinji Kempo.

1996
Primeiro Faixa Preta do Norte-Nordeste do Brasil

INSTRUTOR  ROBSON CORREIA DE ALMEIDA

Em 11 de novembro de 1996, Robson Correia de Almeida recebeu a faixa preta, em São Luís do Maranhão, tornando-se o primeiro graduado do SHORINJI KEMPO fora do eixo São Paulo-Rio Grande do Sul.

No Dojo

 


Leitura do Juramento e do Credo feita pelo
Mestre Yamada


 
Profº Robson (03/10/2007) Profº Yamada


Mestre Sawamura, instrutor da matriz (Japão) e o Prof. Robson (à direita, instrutor assistente da filial São Luís), numa pausa do seminário de treinos e estudos na nossa filial em março-abril/1998.

 

 

 

 


Sessão de zazen liderada pelo Mestre Yamada


Turma de 1996


Yamada Sensei, mestre da filial São Luís, (sentado ao centro) com alguns "kenshi" e Robson Sensei, instrutor (primeiro à esquerda), em pé.


Turma presente na sessão de estudos de 30/10/2007


Seminário em São Paulo em 1997: a partir da esquerda Ricardo Romero (kenshi norte-americano), Mestre Matsuda (líder da equipe ministrante) e Robson Coral (prof. assistente da Filial São Luís)


Kenshi em meditação (05/2008)


Grupo participante do Seminário realizado pela WSKO, em São Paulo, em 1997, sob a liderança do Mestre Matsuda (8º Dan). O sensei Robson Coral é o terceiro da direita em pé.


 

3 – CONTATO

TOPO

   

Filial São Luís da Organização Mundial de Shorinji Kempo
WSKO SÃO LUÍS BRANCH

http://karateshorinji.com.br/shorinjikempo/
 

DIRETORIA DA FILIAL SÃO LUÍS

MESTRE: KIYOSHI YAMADA


Administração: Robson Coral
(início: 1994)
E-mail: robsoncoral@gmail.com; robsoncoral@hotmail.comrobsoncoral2016@outlook.com 

ESCRITÓRIO
CEP 65040-460
Estrada  da Vitória, 3313-A – João Paulo
São Luís – Maranhão – Brasil

TELEFONES (+55 98): 
(Celulares) 98821-3988 / 98460-3027 (secretario)


 

 

5 - A FILOSOFIA KONGO ZEN

TOPO

TEORIA E PRÁTICA DA FILOSOFIA

KONGO ZEN


Copyright © WSKO

6 – A ARTE MARCIAL SHORINJI KEMPO

TOPO

 

PARTE 1 (FILOSOFIA DO KONGO-ZEN)

1. Informação Geral

_ Shorinji Kempo é uma arte marcial desenvolvida simultaneamente com a meditação Zen, tanto para a defesa pessoal como para a saúde dos monges no templo Shorinji na província de Hunan, China.

_ Ele foi primeiramente introduzido neste templo por Bodhidharma, um monge indiano do século VI, que viajou para a China para divulgar a religião Budista.

Um regime marcial profundamente meditativo, Shorinji Kempo por muitas épocas nunca foi ensinado para ninguém, a não ser para aqueles que tinham ingressado no sacerdócio Budista.

Embora profundamente ligado à teoria da calma em ação: Meditação Zen a calma e Kempo a ação, o pensamento Shorinji sustenta que nenhum destes aspectos do Todo pode existir separadamente. Outras Artes Marciais, contudo, tendem a salientar demais um ou outro destes aspectos: no Judo, a parte suave do Kempo está mais distinta, ao passo que o Karate dá ênfase ao poder e a violência. Somente no Shorinji Kempo é dado igual importância para ambos elementos. portanto um aluno tendo embarcado para um estudo sério do Shorinji Kempo, começará a sentir sua profunda espiritualidade, então começará a perceber sua filosofia de ação, e ultimamente penetrar no caminho do treinamento espiritual. Além disso, visto que todo o treinamento Shorinji exige o esforço e cooperação de duas pessoas, a prática de suas técnicas estimula o respeito, entendimento e desenvolvimento mútuo.

A verdadeira forma do Shorinji Kempo é a combinação do poderoso espírito da benevolência, que pode, através do esforço humano e da manifestação do mistério das forças de "Yin" e "Yang", que são o significado do céu e da terra realidade do Cosmos, criar um céu na terra e a paralela busca da meditação calma e treinamento físico ativo.

O último objetivo da busca do kempo é o espírito de Dharma, o verdadeiro objetivo da crença Shorinji Kempo. Estes sistemas originais de treinamento, que eram ensinados no templo Shorinji, na China, foram readaptados com o amor humanitário de Doshin So, o principal chefe do Shorinji em nome do Kongo Zen.

No momento, as mais de 2.500 localidades de treinamento do Shorinji Kempo no Japão, já têm um número de mais de 1.000.000 de sócios. E ainda está sendo ensinado em 250 sucursais estrangeiras por todo o mundo.

2. Observação do Fundador, o Chefe do Shorinji kempo.

Embora o Shorinji Kempo, cujos indícios de origem são de mais de 5 mil anos na antiga Índia, tenha experimentado um longo período de desenvolvimento na China, sua presente forma é o resultado do gênio do Fundador. Nascido em 1911, na prefeitura de Okayama, o filho mais velho de um funcionário da alfândega, Doshin So após a morte de seu pai, foi enviado para viver na Manchúria com seu avô, que era empregado da Estrada de Ferro da Manchúria. No entanto, quando estava com apenas 17 anos, a morte de seu avô o forçou a retornar para o Japão sob a patrocínio de Mitsuro Toyama, o fundador da ultra-patriótica "Sociedade do Rio Amur" (também chamada de Sociedade Dragão Negro) e um amigo do avô de Doshin So.

Naquele tempo, o Japão estava experimentando os efeitos da ampla depressão mundial que era um conveniente resultado na política do continente asiático. Em 1928, Doshin So retornou para a Manchúria, desta vez como membro de uma organização secreta. Para facilitar suas atividades ocultas, ele se tornou um discípulo de um sacerdote taoísta, que era também um executivo da Sociedade Secreta Zaijari, e um mestre do Byakurenmonken, um ramo do Kempo se originando no Shorinji. Este foi o 1º contato de So com o Kempo, embora ele tenha começado a praticá-lo ambiciosamente, naquele dias não eram mais que uma série de técnicas incoerentes e desorganizadas.

A associação de Chang Tso-Lin, um guerreiro chinês agindo mais ou menos como um cliente dos japoneses, mas provando ser também nacionalista, por alguns dos oficiais do Exército japonês de Kwantung, que o tinham posto fora do caminho, intensificou a intervenção japonesa na Manchúria e na China e acelerou seus planos para ressuscitar a extinta Dinastia Manchu (Ch’ing). Em seu papel de agente secreto, So foi forçado a viajar extensamente para colher informações para a sua organização, e isto lhe deu a oportunidade de encontrar mestres de Kempo de vários tipos.

Visto que tenha sido verdadeiro o sacerdote Taoísta com o qual ele tinha estudado anteriormente, no entanto, este homem também conhecia somente uma certa quantidade de técnicas que necessitavam de alguma organização. Mas a viagem para Pequim, trouxe ao jovem So, contatos com o vigésimo mestre da Escola Giwamonken de Shorinji Kempo do Norte, na qual tornou-se discípulo direto.

Tendo se resignado com a infeliz probalidade de que ele seria o último dos mestres principais de Kempo, este homem já em idade avançada estava entusiasmado no seu parecer, com o jovem e hábil adepto. Em uma cerimônia no Templo Shorin, em 1936, Doshin So foi designado oficialmente como o sucessor do líder da Escola Shorinji do Norte.

Em 1945, quando o Exército Russo invadiu a Manchúria, So conseguiu escapar através da ajuda de membros da Sociedade Secreta Chinesa. Ele finalmente voltou a pátria em 1946.

O estado sombrio dos negócios no Japão pós-guerra, impressionou a Doshin So, com a necessidade de uma restauração da moralidade e orgulho nacional e a criação de uma imagem humana inteiramente nova.

Com respeito ao espírito de Dharma e a prática do Kempo como meio de conseguir realizar estes fins, Doshin So revisou, expandiu e sistematizou as várias formas de Kempo, que ele aprendeu na China e deste modo criou o Shorinji Kempo de hoje.

3. Motivo e propósito para o estabelecimento do Kongo Zen.

Em 7 de agosto de 1945, tropas soviéticas invadiram a Manchúria, quebrando o pacto de não-agressão entre Japão e União Soviética. Neste tempo, o Fundador estava em uma cidade chamada Suiyo, na margem da Manchúria oriental.

O Exército Japonês se retirou antes da chegada das tropas soviéticas, restando apenas civis, na maior parte mulheres e crianças, para enfrentar os russos.

O Fundador conseguiu escapar da cidade antes da invasão soviética mas ele viveu aproximadamente um ano na Manchúria sob o domínio soviético.

Durante este período, ele experimentou muitos dos trabalhos e sofrimentos, observando a melancolia que veio com um povo derrotado. Ele viu que somente justiça, era aquela da força ou em outras palavras, "O poder faz o Correto".

O povo deixa o desejo de lucro pessoal e interesses nacionais ocupam prioridade sobre os ideais, honestidade, religião e virtude. Baseado nestas experiências, o Fundador percebeu que todas as coisas dependem do indivíduo e os resultados serão de acordo com a qualidade do indivíduo. Ele adquiriu sua primeira divisa daquelas experiências: "Hito! Hito! Hito! Subete wa hito no shitsu ni aru".

Isto é para as pessoas que possuem as qualidades de misericórdia, coragem e justiça construírem um mundo melhor e ensinar aos outros.

O Fundador retornou ao Japão em l946, com a intenção de estabelecer algum tipo de escola para desenvolver pessoas que poderiam possuir as qualidades certas para trabalharem para um mundo melhor.

Ele achou o povo japonês confuso e desencorajado, necessitando de algum sentimento de propósito.

O forte ocupava vantagem sobre o fraco e o povo estava somente interessado em tentar sobreviver e satisfazer os seus próprios desejos. Os jovens não sabiam qual o caminho de volta e tinham perdido toda a esperança com o futuro. Os antigos valores e virtudes foram despojados, mas não existia nada para ocupar os seus lugares. Os jovens seguiam o prazer e buscavam o proveito próprio. Eles não estavam muito interessados nas virtudes do passado, mas tinham falhado em achar alguma solução real para os problemas do presente e tinham pouca preocupação com o futuro.

O Fundador decidiu devotar o restante de sua vida ao desenvolvimento do tipo de pessoas que poderiam ajudar o Japão a reconquistar o respeito e a confiança do mundo.

Ele decidiu confiar no verdadeiro Budismo para realizar seu propósito, mas ele também percebeu que isto não faria bem se fosse viver nas montanhas.

Para desenvolver as pessoas ele deveria permanecer onde o povo passava diariamente suas vidas. Ele sabia que as pessoas não iriam dar muito atenção somente à pregação e ele buscava por alguma coisa que atrairia seu interesse, tão bem como beneficiá-los.

Uma noite, o Fundador teve um sonho com um Daruma barbudo que estava caminhando para longe dele e apontando com seu dedo. O Fundador tentou segui-lo, mas não pode se mover e ele gritou, dizendo a Daruma para esperá-lo. Ele foi acordado pelo som de sua própria voz. Depois pensando sobre o sonho, o Fundador concluiu que Daruma estava lhe dizendo para seguir os seus passos. O Fundador decidiu então ensinar o Arahan no Ken, o qual é dito que Daruma trouxe da Índia para a China.

O Fundador construiu um Dojo de seis esteiras atrás de sua casa em Tadotsu, Kagawa-Ken, Shikoku e o chamou de Honzan.

O Arahan no Ken que o Fundador estudou na China, é diferente do habitual Budo. O propósito não é matar, mas conquistar o seu próprio eu.

A prática da arte desenvolve tanto a mente como o corpo ajudando a criar um bom equilíbrio individual com os poderes mentais para resolverem os problemas da vida e a força para realizar as ações físicas necessárias. Pelo ensinamento deste Ken para os jovens e pregando a filosofia certa para eles, o Fundador daria a eles confiança própria, força e esperança para com o futuro.

Ele organizou a religião do KenZen Ichinnyo Rikiai Funi no Homon Kongo Zen e ocupou o nome do Nioson que acreditam que tinha estabelecido o Aranhan no Ken na Índia. Ele a chamou de Kongo Zen.

O Fundador reformou e revisou o que tinha estudado na China, e reforçou com suas teorias e filosofia e assim passou a ser Shumon no Gyo. Este é o início do Kongo Zen e Shorinji Kempo de hoje.

4. O que é Religião?

Não existem muitas pessoas capaz de definir religião ou que estejam hábeis para explicar o que é realmente religião. A razão disto é que existem muitos tipos diferentes de religião, com muitos tipos de crenças. É difícil para eles distinguirem entre religião e superstição. O povo acredita que todas as coisas dependem do destino traçado pelos deuses e que estes deuses irão ouvir as orações e dar ao povo os seus desejos.

Durante a Segunda Guerra Mundial, todos as pessoas no Japão iam aos santuários e rezavam para que o inimigo se rendesse.

Todas as orações e presentes oferecidos aos deuses não fizeram nada de bom, pois o Japão acabou perdendo a guerra. Os deuses não ajudaram ao povo japonês. Apesar disso, o povo não cessou as rezas e pedidos de ajuda aos deuses. Ainda hoje, o governo pede aos sacerdotes que rezem por segurança quando uma nova construção é planejada e executada ou algum projeto como o Shinkansen é iniciado.

O povo comum ainda acredita que os deuses concretizam os seus desejos. Se um homem fica doente, ele reza para que os deuses o recuperem. Se seus negócios andam mal, ele pede aos deuses que o ajudem.

Para uma retribuição de favores esperados, as pessoas tentavam subornar os deuses com presentes oferecidos. As pessoas tentavam comprar a felicidade dos deuses. Como pode isto ser chamado de religião?

Esta situação não é de inteira responsabilidade do povo mas em grande parte, daqueles que pregam a falsa religião.

Os sacerdotes afirmam que podem falar pelos deuses, ou perdoar pecados, ou intercederem com os deuses em favor dos homens, e eles sempre exigem ou quase sempre, um bom preço por estes serviços. Os sacerdotes prometem a entrada dos homens no céu, mas somente se estes seguirem a sua religião. A religião é usada para justificar ou desculpar todas as maneiras de injustiça ou violação dos direitos humanos.

Existe uma grande diferença entre a realidade a as expectativas do Homem. A realidade é o que é, e não é possível ser trocada ou alterada de nenhuma maneira pelo homem.

Esta é a natureza do Homem, para divulgar desejos humanos e propósitos para a realidade, mas verdade não pode ser alterada para se ajustar aos desejos e expectativas do Homem.

Os deuses não ouvem os desejos dos indivíduos ou resolvem os seus problemas. Como diz o velho ditado. "O céu ajuda aqueles que se ajudam", e "Onde exista a vontade, existe o caminho".

O homem não necessita de humanos que afirmam serem deuses ou representam deuses. Não há necessidade de rezar para solucionar os seus problemas. O homem deve reconhecer que somente ele pode resolver os seus próprios problemas aumentando os seus conhecimentos e se tornando uno com o espírito de Dharma.

5. O Correto Ensinamento de Shaka

Shaka ensinou que o homem deve encarar a realidade do mundo e procurar dentro de si a resposta para os problemas da vida.

O homem não pode esperar conseguir o que ele quer ou necessita através de orações a deuses para a salvação. A nenhum dos deuses, ele pode responsabilizar pelas suas desgraças. Os ensinamentos destas verdades estão contidas em
 

AS QUATRO VERDADES NOBRES

A Primeira delas é a Verdade do Sofrimento. Toda a vida você está sofrendo de alguma maneira.

Nós sofremos o nascimento, idade, doença e morte.

Geralmente nós sofremos de nossos próprios desejos e a incapacidade de cumpri-los. A vida que não é livre de desejo e paixão é sempre envolvida de sofrimento.

A causa do sofrimento humano é indubitavelmente encontrada na ânsia do organismo físico e nas ilusões da paixão mundana. O desejo de uma forte vontade de viver, em seu fundamento vai depois ser o que ele sente como sendo desejável.

Algumas vezes o desejo é ainda por morte. Este é chamado de Verdade da Causa do Sofrimento.

Se o desejo que reside na origem de toda paixão humana pudesse ser removido, então a paixão iria acabar-se e todo o sofrimento humana estaria terminado. Esta é chamada de A Verdade do Fim do Sofrimento Humano.

A fim de entrar numa condição onde não existe nenhum desejo e nenhum sofrimento a pessoa deve seguir um Caminho correto. Os estágios deste nobre Caminho são:

Idéias corretas, resolução correta, linguagem correta, procedimento correto, vocação correta, esforço correto, atenção correta e concentração correta. Esta é chamada de A Verdade do Nobre Caminho para a conclusão do desejo.

O homem deve evitar os extremos e seguir o nobre Caminho Intermediário. Aqueles que seguem o Nobre Caminho e percebem as quatro Verdades Nobres viverão a Vida de Ouro. O caminho intermediário é o mais expressivo da realidade e o homem será capaz de ganhar a verdadeira felicidade através do seu seguimento.

6. Kongo-Zen (Ênfase e Esperança)

Kongo-Zen enfatiza principalmente as realidades deste mundo e o desenvolvimento do homem. Ele não prepara para uma vida depois desta e também não procura por um Deus para resolver os problemas do homem.

O homem deve procurar em seu próprio interior, recursos para resolver os problemas que o confrontam. Ele não pode responsabilizar a Deus pela sua desgraça e nem esperar que Deus realize o seu trabalho em seu lugar. Muitos dos problemas do homem são causados pelo homem e depende apenas dele para resolver tais problemas. Não existe nenhuma ajuda para o homem, exceto para desenvolver o seu conhecimento do mundo e da realidade. O homem deve reconhecer todo o seu potencial e retirar de seus próprios recursos para ajudar a criar um mundo melhor.

Kongo-Zen espera desenvolver o tipo de indivíduo que reconhecerá os problemas deste mundo e tentará resolvê-los. Tais indivíduos serão forte em mente e em corpo, com consideração pelas suas próprias necessidades e preocupação pela necessidade dos outros. Também serão hábeis para trabalhar e construir um mundo melhor para todos e estabelecer um paraíso na terra.

7. O Ensinamento do Kongo-Zen

O ensinamento do Kongo-Zen, centraliza-se em Dharma, a Grande Lei, a principal realidade, simbolizado pelo círculo eternamente contínuo ao qual o homem e todas as criaturas pertencem: esta realidade principal está além do conhecimento do homem e não pode reduzir-se ao pensamento humano. A principal verdade não é o que fazemos, mas aquela que acontece. Isto está fora da compreensão humana e não pode ser descrita ou condicionada de nenhuma maneira pelo homem.

Kongo- Zen não reconhece a realidade que é produto da imaginação do homem ou uma projeção de suas necessidades.

Não existe nenhum poder supremo para gratificar, punir ou para estabelecer regras para o homem seguir. Não existe nenhum Deus que fale pelos homens ou que possa estabelecer as leis que ditam o certo e o errado, ou proporcionar as respostas para o significado da vida e resolver os problemas do homem. O único poder do homem que pode se transformar pela orientação em vida é o conhecimento do mundo e da espécie humana como realmente eles são. O homem não pode usar um deus para evadir-se de sua própria responsabilidade ou responsabilizar tal deus pelas suas desgraças.

Kongo-Zen concentra sua atenção sobre o homem como uma expressão e um participante do círculo infinito da realidade e como dotado com uma parte de sua vasta potencialidade. O homem por si próprio deve retirar de seu próprio interior recursos para descobrir novas morais radicadas na natureza das coisas e deve esforçar-se ativamente para criar uma vida significativa e estabelecer um Céu na Terra, onde os homens possam viver em harmonia e felicidade.

O homem deve reconhecer o fator de que ele não se encontra sozinho e que nada fica afastado do restante da realidade. Todas as coisas são uma parte do mesmo grande círculo e qualquer ação é relacionada a todas as outras ações.

O Caminho de vida mais expressivo da realidade é o Caminho Intermediário da Harmonia, a Força Dourada. Isto é manifesto como uma maneira de manter o equilíbrio exato entre as necessidades físicas e mentais. Extremos de qualquer tipo devem ser evitados. O homem é dependente de seus semelhantes e não pode ficar sozinho.

Ele deve desenvolver o relacionamento correto com seu meio ambiente e a sociedade na qual ele vive. Ao mesmo tempo, ele é um indivíduo e deve preservar a sua individualidade.

O homem deve reconhecer que a vida não é estática e que eles não experimenta apenas dois estados de vida e morte, mas numerosos estados. Toda a vida é um processo aprimorado e nada jamais fica sossegado. Cada momento é uma reflexão do passado e uma projeção do futuro, tão bem quanto do presente. Através do reconhecimento destas verdades, o homem pode viver uma vida útil e fazer cada momento valer a pena.

8. O Significado de "Dharma"

A palavra Dharma é do sânscrito, uma antiga linguagem da Índia. Em Pali, uma outra antiga linguagem ele é chamado de "Dharma". Ele foi traduzido para o chinês como "Tamo" ou "Daruma", em japonês.

A palavra é geralmente considerada para significar lei, particularmente a Lei do Universo, ou o conteúdo da iluminação. Nas antigas linguagens da Índia a palavra tinha a conotação de uma lei que era a mais alta sobre todo o restante.

9. Dharma _ Caráter Moral _ Natureza Divina dos Seres Humanos.

Há três mil anos, era entendido no oriente que o Homem é dotado com uma parte do espírito de Dharma, e que o homem tem uma capacidade mental que os animais não têm. Devido ao espírito de Dharma, o homem é capaz de planejar adiante, raciocinar e realizar ações, que terão um efeito direto em seu meio ambiente. Por outro lado, os animais operam exclusivamente por instinto, com pouco poder de raciocínio. No reino animal a força é mais importante, mas o homem deve desenvolver tanto a mente como o corpo para alcançar todo o seu potencial. O diagrama ilustra a conexão de Dharma e a divina a natureza do homem.

10. Método de Treinamento para os Partidários do Kongo-Zen

Os métodos que os fiéis do Kongo-Zen seguem para atingir a iluminação, combinam desenvolvimento físico e mental. Kongo-Zen não exige por abnegação, ritual e orações.

O indivíduo deve se cultivar e não ficar esperando por alguém para resolver os seus problemas. Os métodos esboçados no diagrama seguinte são os utilizados:

11. Características do Shorinji Kempo

11.1 A Unidade de Ken e Zen

Baseado na Unidade da Matéria e do Espírito, Shorinji Kempo ensina a unidade de Ken e Zen. Ken significa o corpo ou a ação , e Zen significa a mente ou serenidade. Quando nós consideramos estes dois elementos sob o ponto de vista do treinamento para a mente e o corpo, nós também podemos observar Zen como estático ou aspecto sem movimento do Zen Budismo, ao passo que Ken representa o aspecto dinâmico ou movimento do Zen Budismo.

Shorinji Kempo dá importância ao aspecto "Ken", visto que modernas religiões Zen no japão dão importância a "Zen", no pequeno aspecto da meditação Zazen-Zen. Embora cada uma saliente um aspecto diferente, nenhum faz a exclusão do outro aspecto. Para a verdadeira realização espiritual, ambos são necessários e estes dois são inseparavelmente unidos no homem.

No entanto, sem saber desta natureza, existem algumas pessoas que punem os seus corpos de várias maneiras: longas sessões permanentes de Zazen até que suas pernas fiquem paralisadas, jejuando até o corpo ficar fraco, a fim de atender alguma forma de iluminação. Existem também várias escolas de Artes Marciais que afirmam um objetivo espiritual e, contudo, na realidade somente enfatizam a vitória através do domínio de técnicas e cultivo da força.

Shorinji Kempo, porém, sustenta que o treinamento do espírito desprezando o corpo não pode conduzir para a formação de um homem completo.

A realização das potencialidades do homem e um único caminho liderando a execução e felicidade, necessariamente envolve o cultivo de ambos, a mente e o corpo, da ação pensamento. Nenhum pode ser tratado como uma entidade separada, mas a repercussão de um no outro deve ser cuidadosamente considerada e incorporada na metodologia de criação de um harmonioso e bem equilibrado Homem.

11.2 A Unidade da Força e do Amor

A lei da sobrevivência natural do mais apto é aplicável para todas as criaturas vivas. Ainda que a força seja um fator decisivo no mundo animal, entre os homens os mais capazes são aqueles que se superam tanto física como mentalmente.

A capacidade mental no homem explica o fato dele estar no topo da pirâmide evolucionária. Isto seria realmente ideal se os homens não usassem, freqüentemente, da força para resolverem os seus problemas, como outras criaturas o fazem, mas a história revela claramente a inclinação do homem para a violência física tão contrária a contenda de razões, como um meio final da solução das disputas. A causa óbvia disso é simples: A pessoa que depende da força é ativamente mais forte que aquela contando com a teoria, considerando que o primeiro pode destruir totalmente o último, este estará fisicamente desamparado, a não ser que também utilize a força. Simplesmente estar certo não é suficiente.

A justiça, infelizmente deve se fazer respeitada à força. As leis e os códigos sociais de qualquer sociedade são significantes somente para o grau ao qual eles são fisicamente feito respeitados. Shorinji Kempo deste modo enfatiza a importância da força, não para matar ou para destruir, mas para a preservação da vida. A força é para ser usada como uma alternativa final e somente para a preservação e defesa de uma pessoa quando esta é ameaçada. Ela é para ser usada para prevenir contra um ataque violento. Com justiça, fazendo-se respeitada pela força e perdão resistindo pelo poder de punir, a pessoa pode parar um agressor enquanto protege a sua própria vida. Isto é amor em ação em oposição a submissão passiva, que beneficia qualquer indivíduo.

Desta maneira o amor e força representam o positivo e o negativo, aspectos do Budismo, e eles devem ser entrelaçados e inseparáveis.

O símbolo Zen Budista sustenta este conceito mais-menos (Yin-Yang) como o princípio da Natureza.

11.3 A prática Mútua

O Domínio do Shorinji Kempo, requer prática mútua e esforço cooperativo de duas pessoas, uma fazendo o papel da defesa, a outra o do ataque, experimentando e trocando os papéis mutuamente. A razão para isto é que a maioria das técnicas de Shorinji Kempo são baseadas no conhecimento dos pontos vitais do corpo; portanto, prática mútua e experimentação mútua são essenciais. Um deve conhecer a correta localização dos pontos vulneráveis, o ângulo aproximado que eles devem estar e a aplicação correta da pressão. Todos estes conhecimentos só podem ser adquiridos experimentando com um parceiro.

Ambos devem fazer diversas vezes, um executando as técnicas enquanto o outro faz o papel de cobaia. Além do mais a prática mútua é superior à prática individual e por isto o Shorinji Kempo desenvolve reflexos rápidos e um apurado senso de distância. Ele também encoraja o uso da estratégia, e a aplicação de várias técnicas, que tornam-se essenciais quando uma situação real de defesa pessoal surge.

Ao lado dos aspectos técnicos, que mais revelam o Shorinji Kempo como um método ideal de defesa pessoal, o mais importante fato é que, como ele necessita de duas pessoas para aperfeiçoá-lo, ambas as pessoas devem aperfeiçoar-se juntas; aí não podem ser nem vencedor nem perdedor. O Homem adapta-se ao trabalho de outras vidas e deve assim seguir interesses que não apenas beneficiam a ele como um indivíduo mas que eleva a vida de outros, para isto ultimamente trabalhará para sua própria felicidade. Desde boas relações humanas, comunicação e esforço cooperativo são todos necessários no domínio do Shorinji Kempo e sua necessidade de interação harmoniosa.

Na experimentação mútua, cada parceiro deve aprender a identificar com o outro e sentir quanta dor está sendo imposta de outro modo, ele pode causar dor ao extremo, desmaio, deslocamento, e outros danos ao parceiros.

Desta maneira, atitudes e hábitos essenciais para uma interação harmoniosa do indivíduos assim como empatia, confiança mútua, e "faça aos outros o que você gostaria que lhe fizessem", são cultivados.

11.4 Defesa Pessoal é a Primeira e Ataque é o Segundo

Embora o Shorinji Kempo esteja equipado com técnicas de ataque tão bem como de defesa, elas são todas baseadas no princípio da defesa: ataques e chutes são sempre precedidos de bloqueios. Inerente à estrutura do Shorinji Kempo está o conceito que em nenhum momento podem ser as técnicas de Shorinji Kempo utilizadas para iniciar ataques.

Mas esta postura defensiva do Shorinji Kempo de maneira nenhuma diminui a sua efetividade. Esperando o oponente iniciar o ataque, ele pode se preparar física e mentalmente, observá-lo, detectar suas fraquezas e julgar qual técnica deve ser usada. A eficiência máxima é realizada quando a pessoa adere ao princípio básico da defesa primeiro e ataque depois.

O aspecto técnico do Shorinji Kempo, incorpora a inseparabilidade da força, justiça e amor; e seu objetivo não consiste na vitória ou exibição da força e poder da pessoa que o pratica, mas na defesa da vida, justiça e lei na harmoniosa interação dos homens.

11.5 Técnicas Leves e Fontes São Combinadas

Embora as técnicas do Judô, por instante, sejam baseadas primeiramente na defensiva ou técnicas leves e aquelas do Karate na força ou nas técnicas ofensivas, Shorinji Kempo é a única arte marcial onde tais elementos estão ambos combinados.

Numerando-se bem além de 600 técnicas de Shorinji Kempo, empregando ambas, a leveza e a força nos movimentos, cobrem todos os meios possíveis para defender e proteger a pessoa em qualquer situação. Além disto desde que a eficiência das técnicas de Shorinji Kempo não é determinada pela força ou estatura, mas de preferência pelo conhecimento e aplicação de princípios racionais, científicos e médicos, usando estas técnicas, pessoas de qualquer idade, sexo, estatura ou força, podem efetivamente se proteger.

12. Estabelecimento do propósito de treinamento

É necessário para a pessoa, que quer aprender Shorinji Kempo, estabelecer o propósito de treinamento. Existem talvez, muitos motivos e propósitos de treinar que dependem dos indivíduos. Alguns vêm para treinar Shorinji Kempo pretendendo força física e saúde. Outros procurando a defesa pessoal e etc...

Mas o Shorinji Kempo é originalmente um meio de treinamento para se estabelecer, os três seguintes elementos devem ser integrados como propósito de treinamento Shorinji kempo:

1 _ Força física e saúde

2 _ Defesa pessoal

3 _ Treinamento da mente

13. Três sequências para dominar as Técnicas de Shorinji Kempo

Para dominar o Shorinji Kempo ou alcançar as suas classes de realização, o indivíduo deve treinar de uma maneira metódica, dos passos mais fundamentais aos crescentes altos níveis de desenvolvimento físico e mental. É impossível omitir estágios.

Começando com os básicos o indivíduo deve seguir o comando de um professor que deve ter encontrado requisitos técnicos e teóricos, o último sendo o conhecimento do Kongo Zen e sua expressão nos ensinamentos de Shorinji Kempo, como prescrito pelo Quartel General do Shorinji Kempo em Shikoku, Japão.

É interessante notar que a palavra japonesa "manabu", aprender, vem originalmente da palavra "manabu", copiar. Assim no início imitando o professor, o indivíduo deve dominar as técnicas de ataque, chutes e bloqueios básicos, para estes é o fundamento do desenvolvimento mais adiantado. É também importante aprender os princípios científicos e médicos sobre os quais estas técnicas se apóiam.

Somente após dominar os fundamentos está o individuo permitido a combinar as várias técnicas em uma arte. Dominando todas as anteriores, o indivíduo pode readaptá-las e criar um caminho individual, mas isto somente é possível depois de um longo processo de repetições e perseverança. O domínio do Shorinji Kempo é semelhante ao processo de desenvolvimento de qualquer potencialidade. A seqüência da prática e do sistema ordenado do Shorinji kempo ensina que a realização das potencialidades não é realizada de um dia para o outro e nem é domínio de um talento inato: ele é em vez disso um processo acumulativo dependente de um grande esforço, disciplina, paciência e resistência.

14. Três Elementos importantes para aprender as Técnicas de Shorinji Kempo

Não somente para o Shorinji Kempo, mas todos os tipos de artes e técnicas, os elementos mais importante são: primeiro entender as técnicas e então aprender como utilizá-las e organizá-las, e por último, nós podemos chegar a estabelecer a originalidade nas técnicas adicionando nossa inteligência.

14.1 Técnicas Básicas

Estas são baseadas em movimentos fixos (hokei) originados pelo fundador e desenvolvidos por todos os mestres. Estas técnicas incorporam socos, chutes, bloqueios, etc...

14.2 Métodos de aplicação

Este é nosso método de aplicação destas técnicas básicas. Após as técnicas básicas terem sido aprendidas, o método de aplicação nos diz em quais circunstâncias devemos usar as técnicas básicas.

14.3 Ingenuidade ou Estratégia

A fim de controlar os dois elementos que foram mencionados acima, ingenuidade é altamente necessária. Mas isto é muito difícil pois isto implica um progresso espiritual da pessoa.

As técnicas do Shorinji Kempo não devem ser usadas como uma forma de divertimento mas em vez disso, somente na hora apropriada para corrigir um erro. Quando você domina as técnicas básicas, compreendendo sua aplicação, seguem gradualmente e então vem a ingenuidade.

15. Comentando sobre "Manji".

O símbolo de um círculo envolvendo duas linhas onduladas é a representação visual da filosofia do Kongo Zen. Ele aparece na parede de todas as salas de treinamentos de Shorinji Kempo e sobre os uniformes brancos usados durante a prática, como uma lembrança de que os ensinamentos e a prática do Shorinji Kempo são fundados nesta filosofia. Este também é um símbolo do Budismo, vindo originalmente da antiga filosofia indiana. Ele também é encontrado na Antiga Grécia e Egito.

Kongo Zen propõe que a última realidade, assim simbolizada pelo círculo eternamente contínuo ao qual o Homem e todas as outras criaturas e sistema pertencem, está além do conhecimento do Homem, e portanto incapaz de ser contido em qualquer tipo de imagem. Embora esteja na tradição do Homem atribuir propósitos e desejos humanos à realidade, a pessoa deve lembrar que a última verdade não é a que fazemos, mas permanece no domínio daquela que existe. Embora o crescente conhecimento deva permitir ao Homem decifrar alguns dos segredos do universo, assim como um modelo de um tapete que não pode ser distinguido por um punhado de linhas, assim também, a última realidade de toda a existência está fora do domínio do conhecimento do Homem.

Talvez seja a força da vida o espírito dominante, a unidade do universo: mas isto permanece calmo além da expressão e compreensão humana, incapaz de ser descrito ou condicionado de qualquer maneira.

Kongo Zen que focaliza sua atenção sobre o Homem como uma expressão e participante do círculo infinito da realidade, e como dotado com uma parte de sua vasta potencialidade, afirma que é expressando esta potencialidade inerente, através da sabedoria, força, coragem e amor que a vida pode ser melhor vivida. É o Homem por si próprio que deve tirar de suas origens e descobrir novas morais radicados na natureza das coisas e procurar ativamente criar uma vida significativa, e sustentar a responsabilidade de estabelecer um céu na terra onde os homens possam viver em harmonia e felicidade.

As linhas onduladas contidas no círculo significam a interação do céu e da terra, do positivo, princípio masculino: razão e força, e o princípio feminino, negativo: compaixão e amor, (yin e yang).

Tudo isto simboliza a atualização de nosso universo: que toda a realidade como nós conhecemos é dinamicamente governada pelo movimento e fluxo contínuo do separado e único, ainda sistemas interdependentes coexistindo na unidade através da interação.

16. O Significado e Estabelecimento das Artes Marciais - Budo -

Quando nós analisamos a palavra "Budo" nós poderemos entender o significado das Artes Marciais – Budo – tem significado especial, expressando a essência e significado original do que tem sido traduzido com "arte marcial".

É composto de dois caracteres chineses - bu e do.

O primeiro é definido na Setsumonkiji, escrito aproximadamente em 120 A.D. na segunda Dinastia Han, como parar a lança, reprimir a violência e estabelecer condições corretamente. O segundo significa "caminho", e é o caráter usado na escrita Shinto, Tao, etc...

O significado original do termo "Budo" é, portanto, o caminho de suprimir a violência e retornar ao caminho do homem, ou mais geralmente, promover a paz e entendimento entre rivais. Em outras palavras, Budo não é uma Arte Marcial no sentido de ser um instrumento de ataque ou um método de treinamento para que fortalecendo o corpo, fazer emanar força bruta ou meio de realizar a satisfação social.

No seu sentido original e verdadeiro, Budo enfatiza o principio da coexistência harmoniosa. Portanto, o papel do Budo é puramente defensivo e consiste na criação de seres humanos com consciência social equipados com o poder para eliminar elementos maus na sociedade e para acabar e prevenir conflitos.

A razão pela qual o Budo se estragou como um mero esporte na mão da pessoa ou em um meio de impor prejuízos e provocar prejuízos e provocar violência sobre os outros, consiste no homem e não na natureza do Budo. Assim como uma faca pode ser usada para cortar uma maçã ou para matar, o homem é responsável pelas conseqüências construtivas ou destrutivas de qualquer potencialidade. A Arte marcial Shorinji Kempo, cujo objetivo está alinhado com o original significado do Budo, cultiva ativamente a paz, felicidade e harmonia entre os homens através da construção destes ideais facilmente acessíveis na forma de experiência.

17. A História das Artes Marciais e do Kempo Indiano

A fim, de sobreviver, os seres humanos devem se proteger. Se eles não pudessem, então há muito teriam deixado de existir. Os animais possuem vários dispositivos de proteção assim como a garra da águia, o chifre do touro e as garras e dentes de outros animais, os humanos possuem apenas suas mãos, pernas e mente para se protegerem. O homem usou sua mente para desenvolver vários tipos de armas e neste processo ele começou a pensar.

Hoje nós podemos encontrar as várias técnicas de combate com as mãos vazias foram desenvolvidas em vários lugares do mundo, desde os tempos antigos. No Ocidente é dito que existia o assim chamado Pancratium, que era o modelo original de luta e pugilismo na antiga Grécia.

No Oriente, antes da fundação do Budismo, vários tipos de Artes Marciais eram praticadas na Índia, aproximadamente 5.000 anos atrás. Com a fundação do Budismo, estas Artes Marciais foram incorporadas na religião e as técnicas foram refinadas. Estátuas de Guardião Dietis, O-Nio, as quais foram encontradas na entrada de muitos templos Budistas simbolizam este fato. Isto é visualmente representado em um par, um com a boca fechada e outro com a boca aberta e encontrado em ambos os lados da entrada. Eles representam o aspecto positivo e o negativo da natureza que é uma parte central da filosofia básica do Budismo.

Assim o Kempo indiano era um método de luta incorporando várias técnicas que foram desenvolvidas na Índia antes do tempo de Buda. Existe pinturas nas paredes que exemplificam isto e apontam para o fato que o desenvolvimento do Shorinji Kempo moderno possui raízes que vão muito longe no passado.

O Kempo indiano tem a característica especial de incorporar em suas técnicas, ciência médica oriental.

18. A Relação Entre Budismo e Artes Marciais

Nos tempos antigos, a vida era muito perigosa e o homem teve que lutar para se proteger. Assim várias estágios no desenvolvimento cultural do homem necessitaram da invenção de métodos de defesa pessoal sem armas. Todas as antigas civilizações as produziram, algumas mais elaboradas e eficientes que outras. Para praticar estas Artes Marciais, a pessoa deve aprender a disciplina. Para praticar uma religião, uma pessoa deve ser capaz de disciplinar-se, assim estes dois aspectos, disciplina e defesa pessoal são básicos tanto para a religião como para as Artes Marciais.

Na Índia, uma forma muito primitiva de Kempo existiu a aproximadamente 5.000 anos atrás, e durante o tempo de fundação do Budismo, o Kempo indiano já tinha sido organizado e formulado em arte uniformizado.

É dito que Buda, que o praticou, ficou tão impressionado com Kempo como uma forma efetiva de unificar a mente e o corpo, que incorporou o Kempo ao Budismo. Assim o Kempo, uma Arte Marcial, era uma parte do Budismo original. Esta prática também é muito boa para a saúde física da pessoa e para estudo da religião, e os dois, Budismo e Artes Marciais estão novamente em fundamento comum.

 

Adaptação do livro de So, Doshin.
Shorinji Kempo. Japan Publication,
Inc., Tóquio, 1970.

Todos os textos e imagens têm direitos reservados pela WSKO – Organização Mundial de Shorinji Kempo
All the texts and images have rights reserved by
WSKO – World Shorinji Kempo Organization


 

7 – O SHORINJI KEMPO NO BRASIL

TOPO

Filiais no Brasil (clique)


 

9 – OUTROS TEXTOS

TOPO

1 – Outra visão do Kongo Zen
2 – AGUARDEM

 

LINKS

TOPO

1 – Revista Maresia Cultural
2 – Home Page Oficial da OBKS–Karate Shorinji
3 –
Shorinji Kempo (Japão)
4 – Shorinji Kempo (Downtown Porto Alegre – R. G. Sul)

5 – História do Japão
6 – http://www.shorinjikempo.or.jp/wsko/news/
7 –
SÃO LUÍS
8 –
MARANHÃO
9 –
 BRASIL
10 – http://www.bushido-online.com.br/
11 – http://anibrama.webnode.com.br/ (Associação Nipo-Brasileira do Maranhão)


 

ENGLISH VERSION

TOPO

AGUARDEM

 

Initial date: 27/10/1999  CORUJA NET PÁGINA PRODUZIDA POR
SOLTEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS LTDA. (+55 98) 3088-0403
REVISTA MARESIA CULTURAL

Web Author: robsoncoral@gmail.com

Last Update: 14 junho 2022 ©2022 by robsoncoral@gmail.com
ACESSO EM
SÃO LUÍS   MARANHÃO   BRASIL

Projetado para
1581X706 pixels de tela